terça-feira, 19 de julho de 2011

Novo Presidente da UNE, Daniel Iliescu, em entrevista à revista Carta Maior



Brasil não pode ser 7° em economia e 88° em educação, afirma UNE

Novo presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, defende que Congresso mude proposta do governo e fixe em 10% do produto interno bruto (PIB) meta de investimentos em educação, para combater contradição entre a força da economia brasileira e a posição do país no ranking mundial da educação. Em entrevista à Carta Maior, Iliescu critica política econômica adotada pelo gestão Dilma Rousseff nos seis primeiros meses, elogia postura da presidenta de 'tolerância zero' com corrupção e garante que UNE terá 'independência' do governo federal.

BRASÍLIA – O Brasil ostenta hoje uma “desproporção” entre a força de sua economia e seus níveis educacionais que o Plano Nacional da Educação (PNE) 2011-2020 precisa ajudar a combater. É a sétima economia do mundo, posição tomada recentemente da Itália, mas, ao mesmo tempo, ocupa só a 88ª posição no ranking das Nações Unidas na área da educação.

Para o novo presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, a superação da contradição exige que o Congresso Nacional mude o PNE proposto pelo governo e fixe em 10% do Produto Interno Bruto (PIB), e não em 7%, a meta de investimentos públicos na área - hoje o patamar é de 5%, segundo o ministério da Educação. E que a meta seja atingida até 2014, fim do governo Dilma Rousseff, e não apenas em 2020.

“10% do PIB é uma bandeira muito poderosa. Não é só do movimento educacional, tem relação com o projeto de futuro que a gente quer debater para o Brasil”, diz Iliescu, eleito para um mandato de dois anos neste domingo (17/07), último dia do 52° Congresso Nacional da UNE, realizado em Goiânia (GO).

Estudante de sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Iliescu, de 26 anos, é filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que comanda a UNE há tempos. Ele representa a continuidade de uma gestão que costuma ser acusada por opositores de Dilma e do ex-presidente Lula de adesista ao governo federal. 

Em entrevista à Carta Maior, Iliescu diz que a UNE tem e seguirá tendo independência em relação ao governo, com o qual se relaciona por “obrigação” de defender os interesses da classe estudantil, e aponta a divergência no PNE como exemplo de autonomia. 

Ele também faz uma avaliação dos seis primeiros meses do governo Dilma, com críticas à política econômica (ajuste fiscal e aumento de juro “preocupam muito”) e elogio à postura política da presidenta (há “tolerância zero com corrupção”). E fala sobre erros e acertos da gestão do ministro da Educação, Fernando Haddad.

A seguir, o leitor confere a íntegra da entrevista.

Sua eleição representa a continuidade de uma gestão que adversários do governo chamam de chapa-branca. A UNE é chapa branca?

Daniel Iliescu: A nossa gestão vai procurar, em primeiro lugar, ter uma relação de independência com o governo federal. É uma relação que a UNE desenvolve historicamente com todo e qualquer governo. A UNE tem obrigação de se relacionar com os governos, em respeito aos interesses dos estudantes pelos quais ela luta. E as principais opiniões que a gente tem levantado, as principais campanhas em que a UNE tem apostado, são opiniões de dissenso em relação ao governo. Em especial, nossa abordagem ao Plano Nacional de Educação, que é um assunto que a UNE discute há algum tempo, desde a Conferência Nacional de Educação de 2010. A UNE defende [investir em educação] 10% do PIB até 2014, contrastando e criticando a proposta do governo federal de 7%. Então, apesar dessas opiniões de alguns adversários do governo federal, de caricaturar a ação do movimento estudantil, a gente consegue passar muita confiança para a sociedade brasileira de que é função da UNE ter independência e pressionar o governo federal a ter mais compromisso com o país.

O PNE vai ser, na sua gestão, o principal ponto de reinvindicação e de negociação no nível federal?

Daniel Iliescu: Pelo menos nessa largada da gestão, vai ser a prioridade. É a principal discussão que o Brasil faz sobre educação de dez em dez anos. A gente apresentou, junto com a UBES [União Brasileira dos Estudantes Secundaristas], cerca de 60 emendas ao projeto na comissão especial da Câmara dos Deputados. E vamos convocar os estudantes brasileiros a se unir ao movimento social e à sociedade civil organizada para construir, no fim de agosto, uma grande jornada nacional de lutas sobre o PNE. Mas a gente espera que o PNE não seja a única pauta da gestão.

Você acha que há condições de, fazendo pressão no Congresso, convencer o Executivo a ampliar de 7% para 10%?


Daniel Iliescu: 10% do PIB é uma bandeira muito poderosa, que pode se tornar a bandeira de todo o país, não é uma bandeira corporativa, só do movimento educacional. É uma bandeira que tem relação com o projeto de futuro que a gente quer debater para o Brasil. O Brasil vive uma oportunidade ímpar de desenvolvimento econômico, ultrapassou a Itália e é a quinta economia do mundo. No entanto, a ONU, pelo seu braço que é a Unesco, que mede níveis educacionais de vários países como taxa de analfabetismo e acesso à universidade, coloca o Brasil na posição de número 88. É muito desprorporcional hoje o Brasil em termos de suas possibilidades econômicas e o Brasil em termos de educação que oferece à população. O Brasil precisa ampliar de forma robusta o financiamento. O PNE aprovado em 2001 já apontava a necessidade de investir 7% do PIB até 2010 e isso não foi cumprido pelos governos na última década. 

Quer dizer, já é uma meta defasada...Daniel Iliescu: É uma necessidade defasada. O Brasil vive um bônus demográfico de 50 milhões de jovens, precisa aproveitar essa geração e investir de forma mais robusta para poder financiar o que a gente entende que seja uma revolução na educação brasileira, que vai desde o combate ao analfabetismo, a valorização dos professores em todos os níveis de ensino, até a produção de tencologia de ponta, de pesquisa nas universidades. Só uma ampliação desse patamar [de investimento em educação] para no mínimo de 10% do PIB, e a gente propõe que isso seja feito até 2014, com o aumento de 1,25% ao ano, é que a gente consegue enfrentar os desafios e superar as desigualdades que o Brasil historicamente tem constituído.

E qual será a prioridade em 2012, depois do PNE?Daniel Iliescu: O grande desafio que a gente quer assumir é de se associar ao que tem de melhor no pensamento brasileiro, melhor do pensamento acadêmico, do pensamento político, jornalístico, da sociedade civil organizada, para debater o Brasil na década, debater os rumos do desenvolvimento brasileiro. A UNE se pauta há 74 anos por um projeto de desenvolvimento que seja democrático, soberano, ambientalmente sustentável. E achamos que um debate sobre os destinos da educação faz parte sobre esse grande debate sobre os rumos do país. O nosso congresso discutiu temas que vão desde economia até meio ambiente, que vão desde política até sexualidade. Existe uma pauta extensa, que interessa aos rumos do país. Este ano mesmo, o Brasil já vive um processo de conferência nacional de juventude, as suas etapas municipais, a etapa nacional vai ser daqui a alguns meses. Então, vamos fazer um esforço de dar opinião sobre tudo o que diz respeito à juventude, de exercer diálogo com a sociedade e pressão sobre o governo no Congresso para aprovar o que for de interesse da juventude brasileira.

Qual sua avaliação do primeiro semestre do governo Dilma?Daniel Iliescu: O governo foi eleito interpretando a vontade da grande maioria dos brasileiros de aprofundar mudanças no país. Mas houve até agora algumas sinalizações contraditórias, especialmente no âmbito econômico, que, na nossa opinião, vão contra este interesse de aprofundar o desenvolvimento e mesmo da pauta que foi aprovada pela maioria dos brasileiros. Alguns exemplos disso? O corte no orcamento de R$ 50 bilhões, dos quais R$ 3 bilhões da educação. A política de constante subida dos juros, que pode travar o investimento no país, não beneficia as forças produtivas brasileiras. O próprio dólar sobrevalorizado pode acarretar um risco de desindustrialização. Então, a gente observa com muita preocupação esse início de governo. Mas mantendo expectativa também na capacidade de diálogo, no aprofundamento da democracia para que a sociedade organziada possa influenciar nesses rumos e ajudar o Brasil daqui para frente.

E do ponto de vista político? É um governo que, em seis meses, perdeu dois ministros por denúncias de desvios éticos...Daniel Iliescu: A gente obviamente, como toda a sociedade brasileira, fica consternada e quer fazer pressão para que os mandatários sejam honestos, a gente fica indigando com todo e qualquer envolvimento em corrupção. Mas a ação da presidenta Dilma até aqui foi muita assertiva. Ela passou uma certa segurança à população brasileira de que a tolerância será zero com todo e qualquer caso de corrupção. Ficamos também na expectativa para ver se o Brasil finalmente consegue republicanizar mais a sua relação com o poder público, que é uma expectativa de toda a sociedade. Isso se relaciona também com o debate sobre reforma política, que alguns atores têm entendimento de que é fundamental para o país. Nós também temos uma expectativa grande de que medidas como a reforma política possam moralizar mais a vida pública.

Especificamente sobre o ministro da Educação, Fernando Haddad, qual a sua avaliação?Daniel Iliescu: Em primeiro lugar, foi uma gestão com um grau bastante razoável de diálogo, que é uma postura importante no Ministério do Educação. Não temos do que reclamar deste ponto de vista. É também uma gestão com vitórias importantes e alguns limites importantes a serem considerados também. Entre as vitórias, eu citaria a ampliação do acesso à universiade. A gente realizou no Congresso da UNE um ato para comemorar a marca de 1 milhão de estudantes beneficiados pelo Prouni. E não são quaisquer estudantes, são de baixa renda, que ganham de um a três salários mínimos, é um dado a ser comemorado pelo país, talvez seja um dos maiores programas de inclusão educacional de todo o continente. No entanto, existem alguns limites importantes. O próprio limite do financiamento, em que pese na gestão do Haddad ter tido sempre uma trajetória ascendente, mas achamos que é um ritmo ascendente ainda muito tímido, não é compatível com as necessidades do Brasil. 

Estudante de sociologia, novo presidente da UNE quer ser professor e espera ver o fim do analfabetismo



Daniel IliescuO carioca Daniel Iliescu, 26 anos, torcedor do Flamengo e aluno de ciências sociais da UFRJ, foi eleito em Goiânia ao final de um processo que envolveu mais de 1,5 milhão de estudantes
A União Nacional dos Estudantes (UNE) finalizou o maior Congresso de sua história neste domingo (17), elegendo o jovem Daniel Iliescu, do Rio de Janeiro, como seu novo presidente. Oito mil estudantes de todo o Brasil participaram do Congresso em Goiânia, que em sua etapa preparatória nos estados reuniu os votos de mais de 1,5 milhão de alunos de universidades públicas e particulares. Houve, no total, votação em 97% das universidades de todo o país. O encontro marcou um novo recorde de participação dos jovens neste que é o maior e mais importante fórum do movimento estudantil brasileiro.
A chapa de Daniel Iliescu, "Movimento estudantil unificado para as mudanças do Brasil", foi eleita com 2,369 mil votos, o que representa 75,4% dos votos dos 3.138 delegados credenciados que votaram no 52º Congresso. Concorreram também as chapas, "Oposição de Esquerda" (18,5% - 581 votos), "MUDE - Movimento UNE democrático" (5,8% 183 votos) e "Por uma nova UNE" (0,1% - 5 votos).
A partir de agora, Iliescu ocupará o mesmo cargo que já foi de importantes nomes da vida pública brasileira como José Serra (ex-governador de São Paulo), Orlando Silva (ministro dos Esportes), Aldo Rebelo (deputado federal) e Lindbergh Farias (senador).

Quem se depara com o novo presidente da UNE em uma roda informal de bate papo ou na tranquilidade carioca de um chopp para o happy hour, não encontra ali discursos insuflados ou debates calorosos de ideias. De natureza calma, óculos no rosto e sorriso leve, o estudante Daniel Iliescu, de 26 anos, é do tipo que prefere sempre ouvir antes de falar, e faz questão de que todos falem.
Estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), está encerrando o bacharelado –onde desenvolveu gosto pela pesquisa e foi bolsista– para iniciar a licenciatura, preparando-se para ser professor. Entre seus grandes sonhos, está o de trabalhar nas salas de aula do país: "Espero ver o fim do analfabetismo no Brasil em breve, se todos se empenharem", afirma. Nascido na capital carioca e criado em Petrópolis, é filho de uma mãe psicóloga e um pai engenheiro que, apesar de suas formações, decidiram também virar professores.
O jeito afável e manso, no entanto, não é o mesmo quando tira os óculos e pega o microfone, liderando os estudantes nas ruas, em protestos e lutas difíceis do movimento estudantil. Foi o lado enérgico e capaz de contagiar milhares de jovens que levaram Daniel Iliescu, enquanto foi presidente da União dos Estudantes do Rio de Janeiro, a conquistar vitórias históricas no estado como a aprovação do meio passe nos transportes para estudantes do Prouni e cotistas de universidades da capital.
A energia também é muito bem gasta no Maracanã ou em frente à TV assistindo aos jogos do Flamengo, por quem se permite ser alienavelmente apaixonado. Filiado ao Partido Comunista do Brasil (PC do B) e defensor do projeto de transformação social iniciado pelo governo Lula, Daniel confessa que não ergue o ex-presidente ao pedestal de maior ídolo da sua vida: "Se eu colocar o Lula lá, qual lugar vai sobrar para o Zico?", brinca.
Quando volta a falar sério, diz que espera incluir o Flamengo e outros grandes times do país em uma campanha pela educação brasileira: "Quero convidar o Ronaldinho Gaúcho e outros grandes jogadores camisa 10 a utilizarem o número de suas camisas em uma campanha pelo investimento de 10% do PIB em educação, para melhorar as escolas e pagar melhor os professores do país". A UNE critica a proposta do governo Dilma Rousseff, no projeto do Plano Nacional de Educação, de investir somente 7% do PIB nesse setor até 2020. Atualmente os investimentos são de cerca de 5%. Iliescu defende um grande pacto pela educação nacional, que seja maior do que as divergências entre os partidos e grupos políticos, reunindo estudantes e outros setores da sociedade.
Unindo o lado sociólogo ao lado militante, Iliescu teoriza sobre o modelo histórico de exploração das riquezas naturais no país, para defender também o projeto que destina 50% do fundo social do Pré-Sal somente para a educação. Seria uma forma de transformar um recurso não renovável em benefício social direto, como não foi feito durante os ciclos do pau-brasil, do ouro ou do café.
Daniel não se enquadra nem ao estereótipo do estudante bicho-grilo – apesar de confessar um passado de dread locks no cabelo – nem de moderninho – apesar de se lembrar que a cabeça também já foi pintada de azul. Fã de samba e de rock progressivo, de mochila nas costas e tênis batidos, acompanha as últimas notícias pelo smartphone, um Motorola Atrix, de onde acessa o Twitter e o Facebook, sempre postando ou repassando alguma coisa. Monitora os blogs de política pela internet, mas afirma que não abre mão também dos jornais de papel: "Leio a Folha de S. Paulo e o Globo todos os dias".
O novo presidente da UNE se diz satisfeito com a recente onda de marchas e movimentos independentes, muitas vezes iniciados na internet, que têm ocupado as ruas do país. Iliescu espera, em sua gestão, melhorar a participação da UNE na rede digital e ampliar os temas em discussão dentro da entidade, como por exemplo a questão das drogas. Pessoalmente, se diz contra a política proibicionista do estado e defende que o debate a favor e contra a legalização da maconha também tenha espaço, democraticamente, dentro do movimento estudantil.
Durante os próximos dois anos, Daniel Iliescu será o representante dos milhões de universitários brasileiros, sustentando seus direitos e amplificando seus anseios. Sabe que a agenda é grande e os compromissos são muitos. Já chega a admitir que terá um pouco menos de tempo para a namorada Bianca, de quem está sempre junto, mas não se preocupa: "De dia, estarei estudando ou militando pela UNE. De noite, seja em casa ou na balada, estarei sempre do lado dela", promete o presidente, que sonha em casar e ter filhos.

Por: União Nacional dos Estudantes (www.une.org.br)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

UJS Rio Grande no 52° Congresso da União Nacional dos Estudantes

Criticada por uns, idolatrada por outros, a UNE agora realiza, de 13 a 17 de julho em Goiânia (GO), o seu 52º Congresso. O encontro quer reunir 10 mil estudantes de todo o país, e, como não poderia ser diferente, a União da Juventude Socialista de Rio Grande está presente neste ConUNE.

 A TV Vermelho foi às universidades conversar com estudantes de diferentes cursos, além de algumas das chapas que disputarão o 52º Congresso, para saber o que propõem para o encontro da entidade



Respeitando as demais chapas e correntes, a UJS vai para este Congresso com muita vontade de Transformar o Sonho em Realidade, defender os 10% do PIB para a Educação, os 50% do Fundo Social do Pré Sal para a Educação, e eleger Daniel Iliescu o próximo presidente da maior entidade estudantil do Brasil.

Viva a UNE! Viva a luta dos estudantes brasileiros!


terça-feira, 12 de julho de 2011

Requerimento de CPI da Campanha do Agasalho foi indeferido e arquivado



Em mais uma sessão tensa e polêmica, na tarde de hoje foi indeferido e arquivado por falta do número mínimo de assinaturas, o requerimento do vereador Júlio Martins que solicitava que fosse formada uma CPI para esclarecer o destino dado às doações arrecadadas na Campanha do Agasalho de 2011.
Logo na abertura dos trabalhos o vereador Júlio Martins argüiu, em questão de ordem, o motivo pelo qual foi indeferido o requerimento 240/2011, de sua autoria juntamente com o vereador Nando Ribeiro ao qual requeriam que fosse descontado o dia de salário dos vereadores Augusto Cesar – o Coronel do PDT, Lú Compiani e Renato Albuquerque, ambos do PMDB, que não deram quórum para a realização da sessão do dia 06/07/2011, mas que se encontravam dentro da Sala da Presidência no horário da abertura da sessão.
O requerimento foi embasado no desconto em seus salários, a pedido do vereador Augusto Cesar - o Coronel, que os vereadores que não deram quórum no dia 31 de maio, data em que o ex-vereador Delamar Mirapalheta encontrava-se em Porto Alegre tentando um último recurso para manter seu mandato.
“Excelência queria saber qual a diferença do que aconteceu aquele dia para o que aconteceu quarta-feira passada?” Perguntou o vereador.
O Presidente respondeu que indeferiu o pedido devido a uma correspondência recebida no qual os vereadores “faltosos” justificaram que estavam reunidos na Sala da Presidência tratando de assuntos pertinentes a pauta da sessão, sendo assim, não poderia ser feito um comparativo entre os dois casos.
“A única diferença é que nós tivemos coragem de dizer o que estávamos fazendo e os outros mentiram pra Vossa Excelência!” Declarou Julio Martins.

Na seqüência dos trabalhos após lida a ordem do dia o vereador Júlio Martins argüiu sobre a ausência do processo nº 1158, que trata do processo protocolado pelo vereador Júlio Martins no qual solicitava que a Casa formasse uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para esclarecer o destino dado as doações arrecadadas na Campanha do Agasalho de 2011.
Depois de colocado na ordem do dia e lido o processo foi indeferido pelo Presidente que justificou falta do número mínimo de assinaturas que conforme o artigo 35 do Regimento Interno da Casa necessitaria da assinatura de 1/3 dos vereadores, ou seja, 5 dos 13 vereadores deveriam assinar o pedido de CPI.
Júlio Martins argüiu que o processo deveria ser posto em votação, pois se tratava de um requerimento, mas não foi atendido e o processo foi arquivado.


Por: Blog do Marquinhos

CAMPANHA DO AGASALHO APRESENTA IRREGULARIDADES


Na última semana, o vereador Julio Martins – PC do B recebeu várias denúncias de irregularidades ocorridas na distribuição dos materiais arrecadados na campanha do agasalho este ano.

Vereador Julio Martins (PCdoB)

Os agasalhos doados pela comunidade riograndina foram entregues neste último dia 22, na praça saraiva, para realização da triagem entre os bairros. Cada presidente de bairro recebeu uma determinada cota e ficou responsável pela distribuição dentro da sua comunidade. No entanto, alguns presidentes de bairro relataram que durante a triagem, as melhores roupas eram separadas e destinadas à exposição e venda no Brechó da ONG Gente em Ação.

Luciane Compinai - Vereadora e Primeira Dama (PMDB)

A Secretaria Municipal da Cidadania e da Assistência Social, ainda não se manifestou sobre o assunto. A vereadora e primeira dama do município Luciane Compiani - PMDB, se manifestou na tribuna da Câmara Municipal alegando desconhecer os fatos e sustentando que se trata de meras especulações políticas.

Ao tomar ciência dos fatos, o Vereador Julio Martins, encaminhou junto a Câmara Municipal o pedido de instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com objetivo de esclarecer o destino dado às doações arrecadadas na campanha do agasalho.

Agora, resta esperar para ver se os vereadores devem aceitar a proposta da CPI encaminhada pelo ver. Julio Martins e efetivamente defender os interesses da comunidade riograndina, que no mínimo merecem explicações concretas sobre as irregularidades denunciadas pelos presidentes de bairro


Por: Blog do PCdoB - Rio Grande

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Transformar o Sonho em Realidade lança Daniel Iliescu à presidência da UNE



Reunião da direção nacional da UJS definiu ajustes de mobilização e candidato da entidade ao CONUNE.


No dia 04 de julho ocorreu a última reunião da direção nacional da UJSantes do 52º Congresso da UNE. Com um clima de muito otimismo, foram apontados os últimos ajustes para que os Estados se organizem e concluam o processo de mobilização, levando grande bancada de delegados para Goiânia, cidade que sediará, entre os dias 13 a 17 de Julho, o CONUNE. Também ficou definido queDaniel Iliescuserá o candidato no Congresso, representando toda a juventude socialista.
Disputar os rumos do governo de Dilma Rousseff - Participou da reunião o secretário nacional de juventude do PCdoB, Julio Vellozo, que fez uma avaliação da realidade internacional e nacional. Segundo Vellozo, diferente do que vem ocorrendo na Europa, o Brasil vive um momento positivo e deve ser aproveitado pelos movimentos sociais para que se concretizem bandeiras históricas, como os 10% do PIB (Produto Interno Bruto) para educação e a revogação do veto ao projeto que destina 50% do fundo social do pré-sal ao mesmo setor. Para isso, são extremamente necessárias as mobilizações de rua, pressionando o governo e o empurrando à esquerda, para dar continuidade ao projeto nacional de desenvolvimento iniciado no governo Lula.


Vellozo fez uma análise sobre a tentativa de setores da mídia e da intelectualidade de compararem as mobilizações que ocorrem pelo mundo a uma “inércia da juventude brasileira”. “Em primeiro lugar, não se pode comparar realidades que são extremamente diferentes. As mobilizações que ocorrem pelo mundo afora são em defesa da democracia, no caso do mundo árabe, e, no caso da Europa, em defesa dos direitos trabalhistas. A juventude na Europa está se formando e não tem emprego, pelo contrário, os que têm emprego estão perdendo. No Brasil, nuca vivemos um período de tantas liberdades democráticas e com o desemprego na casa dos 6%, o que pode se considerar como uma situação de quase pleno emprego”, ratificou o dirigente. Ele ainda lembrou as atividades das entidades estudantis no começo do ano, passeatas por todo o país em defesa dos 10% do PIB para educação.


Reta final para o 52º Congresso da UNE - A direção nacional fez uma breve avaliação dos congressos de UEEs (União Estaduais de Estudantes) e deu orientações para garantir uma grande bancada de delegados ao congresso da UNE. Realizados os congressos estaduais, o saldo foi positivo, visto que em todos os Congressos a UJS – em conjunto com diversos aliados – saiu vitoriosa, elegendo todos os presidentes (a) das entidades estaduais, em SC, PR, SP, MG, RJ, BA, PE, PA, AM, entre outros.


A tarefa central de todos os Estados agora é trabalhar para garantir a menor quebra possível de delegados ao congresso da UNE. Isso implica um grande processo de amarração desses delegados, com plenárias para elevar o grau de politização dos estudantes, ligações para cada um desses estudantes, encaminhamentos do credenciamento e garantias de estrutura para o transporte desses delegados. “Não pode haver nenhum militante da UJS sem tarefa. Estamos a poucos dias do maior desafio da nossa organização. Fazer um grande congresso da UNE, politizado e unido em torno de um projeto nacional de desenvolvimento é uma tarefa da União da Juventude Socialista”, salientou Renatta Petta, diretora de movimento estudantil da UJS.


Daniel Iliescu é indicado candidato da UJS a presidência da UNE - Apresentado com muito entusiasmo pelo presidente da UJS, André Tokarski, Daniel Iliescu foi saudado e referendado por todos os participantes da reunião. Segundo Tokarski, Daniel representa o novo jeito da UJS fazer política, uma política que não abre mão de seus objetivos, mas que, ao mesmo tempo, constrói um grande leque de alianças com as forças progressistas da juventude.


Daniel Iliescu tem 26 anos de idade, é estudante de ciências sociais da UFRJ e tem uma trajetória de lutas no movimento estudantil. Iniciou sua militância na Associação Petropolitana de Estudantes Secundaristas. Em seguida, ao ingressar na universidade, participou do centro acadêmico do seu curso, foi do conselho universitário da UFRJ, presidiu a UEE-RJ e atualmente é diretor de relações internacionais da UNE.


Ao falar na reunião, Iliescu citou uma frase de Fidel Castro, “toda glória do mundo cabe num grão de areia”, afirmando que o que importa é projeto coletivo, que ninguém constrói nada sozinho. Ao finalizar sua fala, Iliescu disse se sentir muito honrado com a indicação de seu nome para candidato a presidência da UNE e finalizou recitando uma parte de um poema de Gonçalves Dias, “... a vida é luta renhida: Viver é lutar. A vida é combate, que os fracos abate, que os fortes, os bravos só pode exaltar. Se eleito, este será o maior desafio da minha vida e me dedicarei junto com todos e todas a construir uma UNE ainda mais combativa e de massas".


Por: Blog da UJS - Rio Grande do Sul