quinta-feira, 30 de abril de 2015

O Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras

No dia 1º de maio de 1886, em Chicago - principal centro industrial dos Estados Unidos na época - milhares de trabalhadores foram às ruas para protestar contra as condições de trabalho desumanas a que eram submetidos e exigir a redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias. Manifestações, passeatas, piquetes e discursos movimentaram a cidade. No entanto, houve uma forte repressão ao movimento - com prisões, feridos e mortos nos confrontos entre os operários e a polícia.

Um Congresso Socialista realizado em Paris no ano de 1889 criou, em memória dos mártires de Chicago, o Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras. O dia 1º de maio foi instituído como o Dia Mundial do Trabalho.

1º de maio em Rio Grande

Em 1950, no Dia dos Trabalhadores e Trabalhadoras, a tecelã Angelina Gonçalves, militante comunista que carregava a bandeira do Brasil e liderava as primeiras fileiras de uma passeata, acabou morta durante confronto com a Brigada Militar.

Na data foi realizado um churrasco de comemoração ao dia do trabalhador, no local do então Parque Rio-Grandense. A atividade, convocada por grupos ligados ao movimento operário, contou com apresentações musicais e discursos. Ao final da atividade, alguns oradores chamaram os presentes a sair em caminhada a fim de fazer uma última manifestação em frente à sede da Sociedade União Operária (SUO), que estava fechada por ordem do Ministro da Justiça desde maio de 1949.

A marcha saiu pela cidade, com uma banda de música e o pavilhão nacional à frente, com o grito de palavras de ordem e apresentação de cartazes e faixas, pedindo a reabertura da SUO e comemorando o dia do trabalhador. Nas imediações do campo do Esporte Clube General Osório a manifestação foi interceptada pelo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), que exigiu a sua dispersão. Junto com o DOPS estavam alguns policiais e soldados da Brigada Militar, que se encontravam dentro do estádio do Sport Club Rio Grande, próximo ao local, que estava lotado devido a uma partida de futebol comemorativa contra o time carioca do Vasco da Gama.

A partir dali começou um confronto, em que morreram três manifestantes: o pedreiro Euclides Pinto, o portuário Honório Alves de Couto e a tecelã Angelina Gonçalves. Também foi morto o ferroviário Osvaldino Correa, que havia saído do estádio de futebol em apoio aos manifestantes, e o soldado da Brigada Militar Francisco Reis. Várias pessoas foram feridas. O vereador e estivador Antônio Rechia ficou paraplégico após levar um tiro. Os operários Oswaldino Borges D’Ávila e Amabílio dos Santos precisaram ser hospitalizados. Muitos trabalhadores não foram aos hospitais para cuidar seus ferimentos para que não fossem presos.

No dia seguinte às mortes, houve uma grande comoção da população que acompanhou o enterro dos operários com as golas levantadas simbolizando o apoio da população aos mártires e suas causas. Os jornais da época registram que o cortejo contou com a participação de mais de cinco mil pessoas.

A única filha de Angelina, Shirley, que tinha 10 anos na época e acompanhava a mãe no momento do incidente, esteve em Rio Grande no ano de 2010. Na ocasião foi homenageada pela Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, recebendo a Medalha da 52ª Legislatura.  Shirley também esteve presente na inauguração do Memorial aos Operários, monumento localizado no canteiro central da Avenida Presidente Vargas.

Na Universidade Federal do Rio Grande (FURG), o Centro Acadêmico de História (CAHIS) leva o nome de Angelina Gonçalves - homenageando a emblemática figura da mulher riograndina, mártir do movimento operário da cidade.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Abre Alas rumo ao 54º Congresso da UNE


Somos estudantes que sonhamos. Acordamos cedo, enfrentamos diariamente o congestionamento das grandes cidades dentro de ônibus lotados, estagiamos e trabalhamos. De norte a sul do Brasil, nós colocamos o BLOCO NA RUA e lutamos para viver os nossos sonhos. Realizamos uma parte deles entrando na universidade a partir de nosso empenho pessoal e de vitórias coletivas como as cotas, o Prouni, o Fies e a expansão do ensino superior público.

Somos aqueles que pensam que a rua é a parte principal da cidade. Em cartazes e canções apresentamos o nosso desejo de uma vida e um Brasil melhor. Ao ocupar as principais avenidas do país, conquistamos os 10% do PIB, 50% do Fundo do Pré sal e 75% dos royalties do petróleo para educação!

Acreditamos que se a gente se organiza, se encontramos com mais gente que pensa parecido, seremos mais fortes para transformar ainda mais a universidade e fazer dela um instrumento para construir um país mais justo, mais desenvolvido e com mais oportunidades para nossa gente.

Com tantas vitórias nas mãos, temos o terreno pronto para avançar nas conquistas e construir um ensino superior a altura dos desafios do nosso país! É para construir uma nova universidade e uma nova sociedade que te convidamos.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), aos 77 anos, tem uma imensa folha de serviços prestados a nossa nação. Da criação da Petrobrás na campanha “O Petróleo é nosso!”; na resistência à ditadura militar; na redemocratização com a campanha das “Diretas já!”, no “Fora Collor”; na resistência ao neoliberalismo implementado por FHC nos anos 90; nas conquistas sociais com Lula e Dilma ou nas ruas de junho de 2013; a UNE se fez presente em todos os momentos da nossa história republicana defendendo o Brasil e seu projeto de soberania.

A cada 2 anos, a UNE realiza seu congresso em que milhares de estudantes apontam os rumos de luta e combatividade do movimento estudantil. Em junho de 2015, será realizada sua 54°edição. Convidamos você a fazer parte dessa história que seguirá abrindo alas para o Brasil que tanto sonhamos!

"Abre Alas pra minha bandeira,
já está chegando a hora!"

Construa o movimento Abre Alas na sua universidade:



E-mail: abrealasbrasil@gmail.com

WhatsApp: (11) 96323-4368

domingo, 26 de abril de 2015

Nova diretoria da UJS Rio Grande é empossada


A União da Juventude Socialista (UJS) de Rio Grande realizou na tarde desse sábado (25) sua Plenária Municipal. A atividade ocorreu na sede do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). Reunindo novos e antigos militantes, e contando com a participação do ex-vereador Julio Martins e do presidente do PCdoB em Rio Grande, Daniel Alvarenga, o encontro propiciou um amplo debate sobre o movimento estudantil e as realidades políticas locais e nacionais.

Durante a plenária tomou posse a nova Executiva Municipal da UJS Rio Grande, composta por:

PRESIDENTE: Joice Eslabão de Oliveira

VICE-PRESIDENTE: Guilherme Silva dos Santos

DIRETOR DE ORGANIZAÇÃO: João Batista Flores Teixeira

DIRETOR DE FINANÇAS: Marcelo Augusto Fagundes Rodrigues

DIRETORES DE COMUNICAÇÃO: Carlos Eduardo Nunes da Costa e Marcos Leandro da Rosa

DIRETOR DE FORMAÇÃO: Rafael Manske dos Anjos

COORDENADORES DO COLETIVO UNIVERSITÁRIO: Bárbara Dandara Amaral Pereira e Guilherme Savi Farina

COORDENADORA DO MOVIMENTO SECUNDARISTA: Chaiane Trindade Fossati

COORDENADOR DO MOVIMENTO NEGRO: Chendler Vasconcelos Siqueira

COORDENADORA DO MOVIMENTO FEMINISTA: Carolina Kokado de Oliveira

A UJS Rio Grande compromete-se em participar dos movimentos sociais locais, sendo uma entidade atuante e conectada com as demandas populares.